quinta-feira, 29 de março de 2012

Atividade do dia 27.03.2012 (Esquema, fichamento e resumo)

Discentes, na terça-feira (27/03/2012) foi realizado uma atividade para que a partir do texto disponibilizado no dia vocês fizessem um esquema, fichamento e resumo do mesmo. Para que possam concluir, caso estejam com dúvidas segue abaixo material que pode sanar a dificuldade.

ESQUEMA:
Uma das versões que o dicionário apresenta sobre esquema é que o mesmo é "uma representação gráfica de um objeto, fato ou sistema, não na sua forma verdadeira, mas na sua generalidade, apenas delineando-o" (Luft, 1998, p. 267).
Relembrando o que vimos na aula, um esquema deve apresentar uma visão ampla do texto e também deve abordar as principais ideias do autor. Para isso, faz-se necessário realizar previamente uma leitura minuciosa do texto. O vocabulário a ser adotado no esquema pode ser o mesmo utilizado pelo autor do texto (Costa et al., 2010, p. 22).
 
Como elaborar um esquema?
Devemos começar grifando as palavras-chave dos parágrafos à medida que nos aprofundamos no texto, pois elas representam os argumentos, as ideias e os conceitos encontrados nos parágrafos. Esse conjunto representa as ideias do autor. Deve-se destacar as palavras-chave em cada parte do texto, ou seja, na introdução, no desenvolvimento e na conclusão. Para se chegar às palavras-chave é interessante se perguntar do que trata o parágrafo? Caso mais  de um prágrafo aborde o mesmo assunto, basta grifá-lo uma única vez (idem).

Alguns exemplos de esquemas:

Fonte:<http://moodle.esec-vagos.rcts.pt/mod/resource/view.php?id=73>.

Fonte: <http://urbanidades.arq.br/2008/04/objetivos-diversos-e-conflitantes/>.


 Sites para consulta:

http://bibliotecadogil.blogspot.com/2009/01/fazer-um-esquema.html
http://www.silviamota.com.br/metodologiacientifica/esquema.htm


FICHAMENTO
É uma das fases da Pesquisa Bibliográfica, seu objetivo é facilitar o desenvolvimento das atividades acadêmicas e profissionais. Pode ser utilizado para:
  • Identificar as obras;
  • Conhecer seu conteúdo;
  • Fazer citações;
  • Analisar o material;
  • Elaborar a crítica;
  • Auxiliar e embasar a produção de textos;
Classificação de Fichamento:
  1. FICHAMENTO TEXTUAL - é o que capta a estrutura do texto, percorrendo a seqüência do pensamento do autor e destacando: idéias principais e secundárias; argumentos, justificações, exemplos, fatos etc., ligados às idéias principais. Traz, de forma racionalmente visualizável - em itens e de preferência incluindo esquemas, diagramas ou quadro sinóptico - uma espécie de “radiografia” do texto.
  1. FICHAMENTO TEMÁTICO - reúne elementos relevantes (conceitos, fatos, idéias, informações) do conteúdo de um tema ou de uma área de estudo, com título e subtítulos destacados. Consiste na transcrição de trechos de texto estudado ou no seu resumo, ou, ainda, no registro de idéias, segundo a visão do leitor. As transcrições literais devem vir entre aspas e com indicação completa da fonte (autor, título da obra, cidade, editora, data, página). As que contêm apenas uma síntese das idéias dispensam as aspas, mas exigem a indicação completa da fonte. As que trazem simplesmente idéias pessoais não exigem qualquer indicação.
  1. FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO - consiste em resenha ou comentário que dê idéia do que trata a obra, sempre com indicação completa da fonte. Pode ser feito também a respeito de artigos ou capítulos isolados, a arquivado segundo o tema ou a área de estudo. O Fichamento bibliográfico completa a documentação textual e temática e representa um importante auxiliar do trabalho de estudantes e professores.

RESUMO

Um resumo deve ser:

- Breve e conciso: no resumo de um texto, por exemplo, devemos deixar de lado os exemplos dados pelo autor, detalhes e dados secundários.
- Pessoal: um resumo deve ser sempre feito com suas próprias palavras. Ele é o resultado da sua leitura de um texto.
- Logicamente estruturado: um resumo não é apenas um apanhado de frases soltas. Ele deve trazer as idéias centrais (o argumento) daquilo que se está resumindo. Assim, as idéias devem ser apresentadas em ordem lógica, ou seja, como tendo uma relação entre elas. O texto do resumo deve ser compreensível.
Existem vários tipos de resumo. Antes de fazer um resumo você deve saber a que ele se destina, para saber como ele deve ser feito. Em linhas gerais, costuma-se dizer que há 3 tipos usuais de resumo: o resumo indicativo, o resumo informativo e o resumo crítico (ou resenha).

Resumo Indicativo
Indica apenas os pontos principais do texto, não apresentando dados qualitativos, quantitativos, etc.

Resumo Informativo
Informa suficientemente ao leitor, para que este possa decidir sobre a conveniência da leitura do texto inteiro. Expõe finalidades, metodologia, resultados e conclusões.

Resumo crítico (resenha)
Resumo redigido por especialistas com análise interpretativa de um documento.

Boa leitura e bom trabalho!!!

XII Encontro Alagoano dos Estudantes de Pedagogia

Finalmente, em Abril/Maio de 2012, na sua 12° edição, o encontro será sediado na cidade de Maceió com a temática: “A REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE PEDAGOG@”, com organização do Centro Acadêmico Paulo Freire – CAPed/UFAL e contará com o apoio do Centro de Educação – CEDU/UFAL, bem como da Universidade Federal de Alagoas - UFAL.
Durante o evento, pretende-se discutir sobre a profissão de pedagog@, a criação dos Conselhos Regionais de Pedagogia, os planos nacional e estadual de educação, os campos de atuação d@ pedagog@, bem como as maneiras de atuação d@s estudantes do curso no estado de Alagoas diante da situação atual da educação e como poderemos contribuir para tal discussão.
O encontro será sediado na Universidade Federal de Alagoas, no Campus A. C. Simões no município de Maceió, no período de 28 de abril a 01 de maio de 2012.

Participem! 
Visitem: eaepe.blogspot.com.br
O edital para submissão de trabalhos já se encontra disponível!

quarta-feira, 21 de março de 2012

Filme: "O ponto de mutação"

 
Filme: "O ponto de mutação"




Sobre “O Ponto de Mutação”, é possível dizer que se trata de um filme instigante que pode contribuir com o entendimento do que seja um pensamento multifacetado do mundo. O enredo (ou pretexto para seu desenvolvimento) é simples, mas bem elaborado, para o seu objetivo: uma cientista que vê seus ideais traídos e desencantada com o projeto Guerra nas Estrelas, um candidato à presidência dos Estados Unidos e um dramaturgo em crise se encontram em um castelo medieval de Mont Saint Michel, no litoral da França . Em um único dia, os três invocam Descartes, Einstein, ecologia, política, física quântica, poesia e tecnologia para compreenderem os paradigmas do futuro.

Com seus diálogos bem engendrados, os três personagens nos fazem alcançar uma nova visão de mundo, a qual estabelece relação de tudo com tudo. Esse novo paradigma bate à porta da própria condição humana atual, por meio dos processos de convivência e interação - muito embora de forma ainda refreada, incipiente - e é, no nosso caso, o grande desafio dos professores, já que terão que contrapor esta concepção com a visão fragmentada do conhecimento, praticada no cotidiano escolar.

O filme baseia-se no livro de mesmo título, de autoria de Fritjof Capra, cujo grande tema são as forças sociais, políticas, econômicas e suas tendências e que sugere que todo ponto de mutação consiste na passagem do velho para o novo, no renovar o já envelhecido. Para que isto ocorra de maneira eficaz teremos que vencer o grande problema da humanidade como um todo: a percepção. Se a visão do homem é igual à visão de mundo e não gostamos do que vemos, nós temos que mudar nossa visão em relação a ele. A revolução da física moderna traz consigo novos valores e novas formas de ver o mundo.

O Ponto de Mutação investiga as implicações e impactos do que tomava a forma de uma mudança de paradigmas, com seu ponto de partida na observação de que os principais problemas visíveis do século XX - ameaça nuclear, destruição do meio ambiente, desigualdades e exploração gritante entre Norte e Sul, preconceitos políticos e raciais, etc. - são todos sintomas ou aspectos diversos do que, no fundo, não passa de uma única crise fundamental, que é uma crise de percepção, uma percepção distorcida baseada no individualismo e na separatividade entre pessoas, coisas e eventos. Esta crise é promovida quando, pela educação, cultura e ideologia dominantes, nós e nossas instituições adotamos conceitos e introjetamos valores que, apesar de sentidos como obsoletos, servem para justificar e racionalizar sentimentos menos nobres como a avareza, por exemplo.

O atual paradigma, que já nós deu inúmeras mostras de esgotamento e de incapacidade de solucionar inúmeros problemas básicos e existenciais do ser humano, vem dominando amplamente nossa cultura e educação há quase 400 anos. Tal paradigma, que Capra chama de newtoniano-cartesiano, teve um impacto benéfico ao libertar a razão das amarras da superstição e do controle eclesiástico, mas foi, com o tempo, hipertrofiado. Ele consiste numa série de idéias e pressupostos, com determinados valores implícitos, que acaba por ser o referencial subliminar de nosso modo de entender o mundo já que é a base filosófica pela qual a ciência se apóia.

O paradigma newtoniano-cartesiano pressupõe, de uma maneira geral, que o universo que nos engloba é uma grande máquina mecânica - ou age como tal - que é inteligível se nós nos lembrarmos de que ela, tal como um relógio, nada mais é que um composto, formado por pequenas partes elementares, os átomos.

Porém, desde a revolução promovida por Einstein na Física, e com o abalo feito em nossos pressupostos clássicos pela mecânica quântica, passando por eventos e questionamentos sociais, toda essa visão de mundo passou a ser severamente questionada e, com a evolução subseqüente, tem mostrado sérias limitações que exigem uma revisão radical.

A questão da mudança radical nos conceitos de espaço, tempo e matéria, que adveio da Física Moderna é apresentada de forma mais acessível em O Ponto de Mutação. Em especial, durante toda a obra, Capra faz uma crítica fundamental à mentalidade analítica e fragmentadora da ciência normal, em especial, às ciências que tomam o método analítico da Física Clássica de Newton como modelo que deve ser seguido para erguer as demais ao status de ciência perante a comunidade acadêmica. 

O filme propõe que é mais correto se falar em eventos e inter-relações como a descrição da realidade do que dizer que determinadas partes atuam de tal ou tal forma para definir o todo. Esta é exatamente a mesma idéia da Ecologia: somos frutos em interação do ambiente natural, e não independentes dele. O que fazemos contra a natureza fazemos, de modo brutal e estúpido, a nós mesmos...

No final, o que Capra deixa bem claro é o seguinte: A sobrevivência humana, que é ameaçada por várias ações igualmente humanas advindas de uma visão de mundo mecanicista e fragmentada, só será possível de formos capazes de mudar radicalmente os métodos e os valores subjacentes à nossa cultura individualista e materialista atual e à nossa tecnologia de exploração do meio ambiente. Esta mudança deverá, logicamente, refletir-se em atitudes mais orgânicas, holísticas e fraternas entre os seres humanos e entre estes e a natureza, em todos os seus aspectos.

Fonte: http://www.overmundo.com.br/banco/resenha-do-filme-o-ponto-de-mutacao

 A partir disto e do que foi assistido e discutido em sala de aula sobre os primeiros levantamentos da discussão sobre ciência, fica para vocês a pergunta:

Qual a relação entre ciência, ética e política???

Comentem, participem!